Caros amigos vascaínos,
A imensa alegria da torcida cruzmaltina, após vitória difícil contra o eterno rival, quebrando um tabu de três anos e possibilitando nossa classificação para as finais do campeonato Carioca, me fez lembrar o título do filme, que serviu de título desta coluna.
Realmente a terra (do rio de Janeiro) parou para ver este clássico, tamanha era a ansiedade das duas torcidas quanto ao resultado do encontro das duas maiores torcidas do Rio.
Foi um jogo disputado milímetro a milímetro, onde o Vasco teve uma superioridade discreta no primeiro tempo e mais acentuada até o s trinta minutos do segundo tempo.
Na verdade, nosso time apresentou os defeitos costumeiros, mas hoje havia uma aura de confiança e coragem adicionais que insuflaram o time para cima do nosso adversário.
No primeiro tempo, baseado em jogadas de levantamento na área, o Vasco levou perigo em três vezes a meta rival, enquanto estes tiveram uma grande chance em extraordinária defesa do Martim Silva.
Veio o segundo tempo, com mudanças no time vascaíno, entrando Dagoberto e saindo o Marcinho, que embora estivesse mal tecnicamente correu muito e cansou.
O time veio mais para frente para pressionar o rival e o gol acabou saindo de uma passe muito mal dado pelo Marcio Araújo no meio de campo. Serginho roubou a bola e num lampejo de técnica avançou livre tocou para o Rafael Silva, recebeu a devolução e dentro da área sofreu a entrada do Wallace, caindo ao solo. O Juiz marcou o pênalti com algum rigor!
Na cobrança do pênalti, Gilberto foi encarregado e o fez de maneira fria e certeira, marcando o gol único da partida.
Depois do gol o Vasco refreou seu ímpeto no ataque e cedeu terreno ao adversário, que passou a esbarrar em suas próprias limitações.
Bernardo substituiu o Rafael Silva e posteriormente o Gilberto saiu para entrada do Lucas. Penso que o Doriva errou nesta última substituição, pois nos tirou o contra ataque e fez o rival ir jogar na nossa área.
Os alemães ainda tiveram mais uma chance com o Gabriel , que proporcionou mais uma extraordinária defesa do Martim.
Ao final Bernardo teve o segundo gol nos pés, mas foi muito lento na jogada.
O jogo acabou e o chororô começou, mas faz parte da magia do futebol.
O Tabu caiu e estamos na final.
Análise das atuações:
Martim Silva: Duas defesas que valeram o ingresso. Continua a dar a bola de graça para o adversário nos tiros de meta!
Madson: Muito marcado pelo Everton, mas mesmo assim apareceu bem no setor defensivo.
Luan: Titubeante no início, fez uma gracinha no início do jogo, mas depois esteve bem.
Rodrigo: Comandou a defesa, numa atuação sem falhas.
Christiano: sua luta contra a danada da bola continua, entre erros e acertos não comprometeu.
Guinazu: tomou um cartão injusto, pois nem tocou no jogador. Atuação boa comandando o meio de campo com muito dinamismo.
Serginho: Muito dedicado na marcação , o que lhe valeu o lance do pênalti. Porém é muito limitado tecnicamente. Foi importante na marcação do meio de campo.
Julio Santos: Atuação para lá de discreta. Perdeu um gol no início e depois se limitou a passes para o lado!
Marcinho: Correu, se dedicou, porém faltou aquele algo mais de técnica.
Dagoberto: Entrou razoável, mas foi importante pela catimba e pelos passes abrindo o jogo no ataque.
Rafael Silva: Correu muito, perdeu um gol, deu passe do lance do pênalti, mas me parece muito amedrontado com a responsabilidade de ser jogador do Vasco. Ganha um lance mas não continua , cai muito, se enrola com a bola.
Bernardo: Entrou e cumpriu papel tático a risca. No final foi lento na jogada livre e acabou perdendo o gol.
Gilberto: Fez partida discreta. Um grande chute no segundo tempo e uma cobrança perfeita no pênalti. Na questão da comemoração deu mole, mas seria um absurdo ser punido por uma determinação idiota de não poder comemorar.
Lucas: Entrou para marcar e ajudar a defesa.
Doriva: fez um bom planejamento tático e usou seus atletas como podia. Na minha modesta opinião errou ao deixar o Vasco sem contra ataque no final do jogo, mas como deu certo……
Agora a final nos espera, será contra o Botafogo em dois jogos , com o time da estrela solitária tendo a vantagem de dois empates.Ganhamos uma grande partida, porém não ganhamos o Carioca, então temos de continuar focados e pensando grande!
De acordo com grade comentada pela diretoria do Botafogo, um jogo com sessenta mil pessoas no Maraca rende menos para o clube que um de vinte mil no Engenhão ou em SJ.
Tendo em vista isso, por qual motivo o Vasco e o Botafogo tem de colocar dinheiro no bolso deste Consórcio falido que está de pires na mão?
Se houvesse acordo dos clubes e principalmente o Comandante do GEPE fosse colocado em seu devido lugar, seria perfeitamente possível jogar a primeira em SJ e a segunda no Engenhão!
Já dou minha colaboração para isso. Na época do Major Marcelo a frente do GEPE, aconteceram clássicos em SJ dividido meio a meio, com a torcida rival alojada na curva (onde teriam a disposição aquelas cadeiras do Premium e o resto da arquibancada até o escanteio oposto a social e a torcida do Vasco com as sociais e as arquibancadas opostas!
Para jogar no Maraca somente se os pústulas do Consórcio baixassem as taxas de maneira drástica e parassem de mamar nas tetas dos clubes! E isto de maneira duradoura e ainda reconhecessem o direito do Vasco a ter sua torcida do lado direito sempre!
Enfim, a terra parou para ver o Vasco ganhar e com o feriadão a frente vai continuar parada por algum tempo!
Saudações vascaínas!
Permita-se a ousadia de discordar em dois pontos da sua tão brilhante crônica. 1) Não houve rigor na interpretação do juiz quanto ao pênalti que foi claro e indiscutível. Se o amigo rever a jogada vai notar que o zagueiro do urubu toca o pé do Serginho e o desequilibra. Não toca na bola e sim no pé do nosso jogador, portanto pênalti indiscutível. Se o zagueiro só tivesse cercado, certamente o Serginho sairia com bola e tudo, mas isso é problema dele, como foi problema nosso o desnecessário pênalti cometido pelo Guinazu no jogo que deu a vitória a eles. Quanto a saída do Gilberto, foi uma medida encontrada pelo Doriva para proteger o jogador, pois os urubulinos iam ficar no ouvido do juiz buscando qualquer coisa para que o mesmo desse cartão vermelho para nosso artilheiro. Concordei com o Doriva pela precaução, muito embora nosso artilheiro em campo certamente representaria mais poder ofensivo para nós até o final. Grande abraço.