Caros amigos vascaínos,
Hoje vou tentar fazer uma revisão sobre alguns fatos ocorridos no Vasco, mas devemos esclarecer que é uma visão pessoal e que não se trata de crítica a quem externou opinião divergente. Apenas estaremos apresentando outra opinião para enriquecer o debate.
Voltamos aos anos sessenta, final deles, quando foi eleito o Presidente Reinaldo Reis, com muito estardalhaço e promessas de timaço no futebol, pois em 1968 estaríamos a dez anos sem ganhar o Carioca!
Realmente chegamos na final do Carioca contra o Botafogo e levamos uma goleada histórica, após uma mexida no time em cima da hora do jogo!
O ano passa e chegaríamos nas finais do Robertão (antigo Rio –São Paulo) e semente do Nacional de hoje. Mais uma vez não ganhamos.
Em dezembro de 1968 a diretoria comprou do IM o jogador Luiz Carlos ( o Tatu) e na época foi uma transação elevada, da qual participou o irmão do Presidente, Luiz Reis (conhecido músico torcedor do IM). O problema é que o jogador chegou com grave lesão no pé (fratura não consolidada) e só conseguiu jogar direito depois de passar por cirurgia.
O ano de 1969 foi terrível, com derrotas e grande ebulição política, a qual culminou com o impeachment do Reinaldo Reis, numa reunião que houve até apagão para tentar melar o resultado. Sabem quem eram os parceiros desta diretoria? Se alguém disser que são dois contumazes fujões de eleição acertou!
No meio desta bagunça entrou como interventor Agatirno, advogado do clube ligado a CBF na época.
Depois o Agatirno da Silva Gomes veio a ganhar eleições, não sem antes conseguir ganhar um campeonato Carioca em 1970, tendo como vice de futebol o João Silva, verdadeiro baluarte da administração Agatirno!
Entretanto, tem sempre um entretanto na vida, o nobre Presidente resolveu se transformar num ditador do Vasco, além de se aliar politicamente com a Arena , partido da revolução de 1964, o que nos trouxe variados problemas de marketing!
De 1970 até 1973 as derrotas se somaram e praticamente nada conquistamos.
Porém neste interim, em 1972 houve a contratação do Tostão, com o Vasco ganhando um leilão contra o Fluminense e segundo dizem com proposta menor, porém com o Sendas garantindo a compra da produção da cachaça Tatuzinho (que estava encalhada) e que pertencia ao presidente do Cruzeiro. É bom frisar que este era um boato da época!
Nesta transação, outro que deu muita grana foi o Amadeo Cerqueira (este o nome se não me engano).
Porém, o jogador veio com problemas de visão e abandonou a carreira logo depois, num atitude no mínimo estranha para quem reconheceu, anos mais tarde ter jogado a Copa com a mesma deficiência!
Veio 1974 e o Presidente se licenciou, assumindo o cargo o vice João Silva.
João Silva, com o leme da nau em suas mãos conduziu o Vasco ao Campeonato Nacional de 1974 e somente no final da campanha o Agatirno retornou.
O episódio descrito da final contra o Cruzeiro ter mudado de mando de campo é verídico, porém quem alertou o Agatirno foi um advogado e dirigente do Fluminense da época, ligado ao João Havelange (que gostava muito do Agatirno e mandou dar a dica)!
Não importando quem levantou a lebre, o que vale é que o Agatirno conseguiu a liminar e mudou o jogo para o Maracanã!
O anos de 1974 (após o Nacional), 75 e 76 novamente foram pífios para o futebol vascaíno e no final de 1976 Agatirno bastante enfraquecido eleitoralmente e já sem João Silva na vice, teve auxílio de Antônio Soares Calçada, Antônio Figueiredo, Arthur Sendas e Alberto Ribeiro (se minha memória falha , por favor corrijam).
A eleição foi ganha com a compra de jogadores : Orlando Lelé e Geraldo do América, Ramon e Dirceu!
Em 1977 ganhamos o Carioca e perdemos a semifinal do Nacional para o Guarani!
Em 1978 e 1979 Agatirno se afastou daqueles que o elegeram, acentuou seu veio autoritário e colecionou derrotas para o IM.
Outro detalhe interessante, sempre que a coisa ia mal Agatirno fechava o clube para a imprensa e dizia que havia complô contra o Vasco, extrapolando o que havia de verdade nesta afirmação e a utilizando como bandeira!
Final de 1979 fomos vice do Nacional e Agatirno perde a eleição para aquele grupo de quatro que o elegeu anteriormente, somados a presença de Eurico Miranda, Pedro Valente, Olavo Monteiro e etc…
Alberto Pires Ribeiro foi eleito a frente de uma união difícil de ser mantida, pois tinha muita gente de várias facções do clube, que só haviam se unido para tirar o Agatirno do poder!
Neste ponto vamos parar o varandão da saudade e levantar para o leitor uma pergunta bem simples: Você vê qualquer semelhança entre o que ocorreu entre 1968 até 1979, com tudo o mais que ocorreu depois até hoje??????
Penso que este debate é muito importante para o clube, pois uma vez estudadas a fundo as razões disto tudo teremos condições de rechaçar este tipo de política personalista do sim ou não, preto ou branco, ar ou pedra!
A política da dicotomia pura e simples , sem enxergar as variadas opções de matizes entre as cores, o maniqueísmo exacerbado só nos apequenou através dos anos!
Não tenho dúvidas de que o nosso clube só conseguirá entrar no século 21 de maneira real, quando pudermos realizar mudanças profundas na maneira como ele é tratado pelos seus dirigentes e isto só poderá acontecer com cabeças novas , mais arejadas, mais democráticas, que não lutem apenas pelo poder!
Quantos anos serão necessários a mais para o Vasco entender seus erros e se modernizar?
Será que todas as oportunidades perdidas de fazer o clube seguir seu destino de grandeza e decolar de vez para a realização do seu gigantismo, não são aprendidas pelos vascaínos?
Será que estaremos sempre precisando de algum Messias de plantão, ou de endinheirados, como no século anterior?
Para responder a estas perguntas e evoluir no futuro é que a Cruzada Vascaína se ergue, questionando de maneira democrática, civilizada e técnica tudo de errado que se nos apresenta!
Saudações Vascaínas
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